sexta-feira, 4 de novembro de 2016

DESSERVIÇO À MEMÓRIA CULTURAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ

Acrescente-se a lista composta pelo Mercado Municipal, Museu Olavo Cardoso, Lira Apollo, Obelisco da Av. XV de Novembro, Canal Campos-Macaé, dentre outros, a estátua do Dr. Nilo Peçanha, como patrimônios históricos da cidade, sem o devido tratamento e até tratados com desleixo e desrespeito, comprometendo a memória cultural de uma das principais cidades do país.

No caso da estátua do Dr. Nilo Peçanha, o sumiço noticiado a partir de 23 de agosto deste ano, causou espanto e estranheza por todo lado, especialmente quando ao se tentar obter respostas das autoridades, estas com muita indiferença diziam que não sabiam de nada, nem quem autorizou, nem qual o propósito e qual o paradeiro, ficando o caso no mais absoluto mistério, com supostas alegações de que o Presidente da Academia Campista de Letras tinha o desejo particular de instalá-la próximo a referida academia, onde teria sido construído pedestal para este propósito, alegações estas posteriormente supostas.

A partir daí, uma forte pressão popular fez com que o Grupo de Trabalho criado a partir de ato administrativo da prefeita, convocasse reunião aberta, no COPPAM, para tratar do assunto. Ocorrida calorosa reunião em 14/09/2016, não foi possível esclarecer as dúvidas de quem teria autorizado, por qual razão e também o paradeiro e os custos da remoção da estátua. Porém, ficou decidido o retorno da estátua, com as observações quanto ao seu posicionamento sugeridas por este Observatório, juntamente com o Instituto Histórico de Geográfico de Campos (IHGCG), qual seja: que a estátua do Dr. Nilo Peçanha, ficasse de frente para quem chega a cidade.

Contudo, a longa espera, até 20/10/16, nos fez promover representação no Ministério Público Estadual, para reclamar o retorno e as explicações acerca da estátua do Dr. Nilo Peçanha, patrimônio histórico de Campos, presente do estado do Rio de Janeiro à Campos, instalado em 26 de outubro de 1967 na Avenida Dr. Nilo Peçanha. Havendo o inquérito correspondente, de número 192/2016, sido instaurado em 01/11/2016, por coincidência, a estátua foi reinstalada, conforme o posicionamento sugerido por nós do Observatório e do IHGCG, na mesma data, porém, sem quaisquer vestígios de que sofrera procedimento de "higienização e limpeza", ditos pelo poder público, reafirmados na reunião de 14/09/2016, pelos presidentes do COPPAM e da Academia Campista de Letras, Orávio Soares e Hélio Coelho, respectivamente.

Desta forma, nós do Observatório Social de Campos, manteremos a nossa indignação e questionamentos, através do Inquérito 192/2016, pois, dentre outros detalhes, desejamos ver apurados:

1- Quem autorizou a retirada do patrimônio histórico?;

2- Qual foi o paradeiro da estátua?;

3- Quais as justificativas para a retirada da estátua?;

4- Quanto custou a desinstalação e a reinstalação da estátua?;

5- Qual o propósito para a construção do pedestal na Praça Nilo Peçanha, próximo a Academia Campista de Letras?;

6- Quanto custou a construção do pedestal, referido no item 5?


Ainda, olhando com alguma atenção, podemos perceber que nada foi feito de limpeza na estátua, haja visto o seu estado, conforme atestado pelas fotos abaixo:













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